Vale apresenta demandas

14/11/11

Representantes de cerca de 50 empresas cearenses estiveram presentes ontem à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) para conferir a apresentação da mineradora Vale sobre as demandas para formar uma cadeia de fornecedores para obras nos estados do Maranhão, Pernambuco e Tocantins. Ao todo, o montante destinado à prestação de serviços nestes empreendimentos da multinacional está orçado em aproximadamente R$ 1,5 bilhão, de acordo com o gerente geral de serviços de suprimentos para o Sistema Norte da Vale, Rogério Amaral.

Expectativa

“A nossa expectativa é a melhor possível. Se 100% dos que vierem para a reunião se tornarem parceiros, eu tenho certeza de que teremos demandas para todos eles”, ressaltou lembrando que os contratos variam entre oito meses e três anos e, junto aos estados sedes das obras, apenas Pernambuco e Ceará estão participando da rodada de negócios, as quais visam a captação de novos fornecedores.

O gerente geral ainda afirmou que a possibilidade de as demais unidades da federação do Nordeste também concorrerem a estes serviços “dependerá do resultado das rodadas de negócios realizadas aqui e em Recife”. Sobre o grande volume do investimento aplicado no chamado Sistema Norte da mineradora, Amaral apontou como principal motivo as minas do Pará, nas quais estão “o grande carro-chefe” da empresa, que é o minério de ferro. Para esta região, ainda há aplicações para a logística de transporte com a qual a Vale trabalha.

Focos

Entre os setores requisitados pela lista da Vale, o foco é para os que atendem obras de super e infraestrutura, os quais trabalharam na manutenção de ferrovias, edificação, obras industriais, terraplanagem, drenagem, pavimentação, dentre outras. “Nós estamos visando a partir de obra civil, obra civil predial, industrial, terraplanagem, pavimentação, de diferentes portes”, detalhou lembrando que esta é a “primeira de algumas rodadas que pretende-se fazer”. Nas futuras, ele já disse que existe a chance de estender para a participação das “demais categorias de prestação de serviço”.

Faixa de valores

Classificadas em Micro, Pequena, Médio e Médio+, Grande e Gande+, as empresas poderão pleitear a contratação nas respectivas faixas: R$ 240 mil; entre R$ 240 mil e R$ 2,4 milhões; entre R$ 2,4 milhões e R$ 6 milhões; entre R$ 6 milhões e R$ 12 milhões; entre R$ 12 milhões e R$ 35 milhões; e acima de R$ 35 milhões.

Quesitos fiscais

De critérios exigidos pela Vale para os postulantes a fornecedores, Amaral destacou os quesitos fiscais e administrativos como os mais visados no momento da avaliação das propostas. “Nós já tivemos casos de empresas familiares que passaram de uma folha de R$ 2 milhões para R$ 20 milhões e não suportaram as condições de trabalho administrativo e financeiro exigidas”, observou.

Para as etapas, são estabelecidos o edital, uma visita técnica para o proponente conhecer in loco onde e como irá trabalhar, a apresentação das propostas, parecer técnico, a negociação e o contrato. Ele ainda afirmou que todo o dinheiro previsto para as contratações serão aplicados ao longo de 2012. Já para a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), na qual a Vale é proprietária em parceria com as coreanas Dongkuk e Posco, o gerente geral de serviços de fornecimento disse que ainda não dá para prever quando empresas locais serão captadas para serem fornecedores da Vale.

Interessados

50 empresas enviaram representantes para a Fiec, para assistir à apresentação da companhia mineradora Vale.

Fonte: Diário do Nordeste
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